15 tentações digitais em que você não deveria cair.
04/10/2011 22:05
Apesar de não parecer, muitas atividades na web constituem crime, desde partilhar filmes em DVD via Torrent até espionar a vida alheia.
1. Jailbreak no iPhone
Cansado da tirania imposta pela Apple? Não admite ter gasto a bagatela de três salários mínimos por um gadget que não permite a operação por canhotos? Jailbreak é o nome da suposta solução. Com esse recurso, você poderá instalar programas não chancelados pela equipe de Jobs. A maneira mais fácil de fazer valer a carta de alforria digital chama-se Jailbreakme: basta visitar o site usando o navegador Safari de seu iPhone e pronto. Proprietários de iPads e iPhones Touch também podem usá-lo, contanto que estejam rodando o IOS 4.01.
Uma vez livre, você pode dizer adeus às operadoras que mantém contratos de exclusividade para distribuição do aparelho, como ocorre nos EUA.
Qual é o galho?
Jaibreak é um jogo de gato e rato, em que cabe à Apple perseguir quem realiza a operação no sistema. Ainda não aconteceu, mas se um dia o gato cismar que nenhum aparelho com jailbreak deva voltar a funcionar, o adorado GPS, browser e centro de multimídia com funções de celular pode virar o peso de papel mais caro da história.
2. Abrir a caixinha de Pandora
O serviço de streaming de músicas representa um marco na vida de muitas pessoas, inclusive desta que vos escreve. Diferente das tradicionais emissoras de rádio, o Pandora toca músicas que nunca ouvi e, mesmo assim, gosto.
O chato no Pandora é que você não pode escolher esta ou aquela música. O programa tem vontade própria e pode levar horas para você escutar a trilha que não sai de sua cabeça. Mas até isso tem solução: o Orbit downloader, software que realiza a captura de sons que sejam tocados nos browsers Firefox ou no IE. Usar o Orbit não custa nada, basta você se esquivar da instalação de barras de tarefas bizarras e não permitir que ele altere o seu buscador padrão.
Onde mora perigo?
Os termos de uso do Pandora proíbem a cópia, o armazenamento e a modificação ou apropriação do conteúdo distribuído na rede. Se a moda pega, é provável que o Pandora feche as portas e eu vou até sua casa lhe fazer uma visita, junto de meu amigo Chuck Norris.
3. Ter 8 contas distintas no Facebook
O perfil na rede social de Zuckerberg tem várias funções, além de maldizer um ex-rolo ou de declarar o profundo desamor por seu chefe, entre essas possibilidades encontram-se o “curtir” algo sem maiores repercussões ou jogar Farmville e outros passatempos, sem temer que sua real identidade caia na mão de inescrupulosas empresas ou perturbar seus amigos verdadeiros. Bastam uma foto mais ou menos, um e-mail e uns detalhes nada comprometedores.
Outra opção oferecida é a criação de uma segunda conta, exclusiva para ser visitada por seus pais, parentes próximos e outros seres aos quais não se pode simplesmente dizer: não, eu não vou te adicionar.
Bacana, não é? Sim, é bacana, mas não é legal. De acordo com os termos de uso do Facebook, a criação de duas contas distintas para a mesma pessoa pode ser o motivo para a deleção total e absoluta de todas as contas paralelas além da oficial, é claro.
4. Brincar na Wikipedia
Soube da última? Brasília vai passar a se chamar Bozolândia e o verdadeiro nome de Maitê Proença é Ariovaldo Sakahashi. Pois é, eu também não fazia ideia, até ler isso na Wikipedia. Muitas pessoas têm enorme prazer em inventar fatos esdrúxulos e inseri-los na forma de informação no acervo colaborativo a espera de alguma menção ao “fato”. Passa algumas semanas até que alguém preocupado com o valor nutricional da informação disponível no Wikipedia apague a história de nomes e origens esquisitas, esse bastião da informação verossímil deixa um comentário sobre a brincadeira de outrem, e tem aquilo que alguns insistem em chamar de diversão.
Mas é divertido. É mesmo, que tal ter seu direito de edição na Wikipedia revogado? Pois é o risco que se corre ao tentar ensinar às crianças que leite com manga mata.
5. Pagar para acessar conteúdo?
Promoção espetacular. O jornal eletrônico oferece acesso irrestrito ao conteúdo por 5 reais ao mês, que tal? Mas, não. Você insiste em usar os dados de login do conhecido; afinal de contas, pagar pra quê? Melhor acessar o Bugmenot. Um site que mantém nomes de usuários e logins para acesso a sites como o The New York Times, o Washington Post, entre outros. O Bugmenot possibilita que você deixe comentários arrasadores sem precisar se identificar.
As “vantagens” são economizar quatro passagens de ônibus ao mês e fugir de emails com anunciantes que “entendem você”.
As desvantagens são mais um voto em favor da morte do jornalismo sério, objetivo e de qualidade.
6. Sequestrar uma conta de Twitter ou de rede social alheia.
Sabe aquelas seis horas de espera no saguão de aeroporto? É muito tempo para matar, não é? Então que tal invadir a conta do Twitter daquela senhora ao seu lado? Hacker? não, não precisa ser, basta instalar o Firesheep e realizar o login em uma rede pública. O Firesheep notifica quando alguém se conectar usando uma conexão não segura e, se você quiser, poderá capturar um cookie em pleno vôo. Arraste esse cookie para a janela do Firesheep e pronto, você acaba de assumir a identidade de uma senhora com 62 anos de idade e três netos. O que você vai fazer com essa informação fica a seu cargo. Para não correr o risco de alguém fazer o mesmo com você, é interessante instalar o Force TLS, plugin para criptografar as comunicações em redes WiFi públicas.
Mas não faça isso. Além de violar os termos de uso dos sites que mantém as contas, estará violando a intimidade de outra pessoa. Dependendo de como se aproveita dos dados, pode inclusive ser responsabilizado por fraude e ficar sujeito às punições previstas em lei.
7. Wii pra que te quero?
Os engenheiros da Nintendo são muito espertos. Desenvolveram um videogame em forma de DVD Player, que, espantosamente, não reproduz o conteúdo de DVDs, a não ser que você deseje.
As instruções para desbloquear funções no Wii podem ser obtidas no site WikiBrew.org.
E que vantagem eu levo nessa?
Você poderá assistir a filmes em DVDs e usar aplicativos como o WiiRadio. Outra possibilidade oferecida pela quebra das proteções padrão do Wii é salvar sessões de jogos em um drive externo.
E não pega nada? Pega. Experimente levar um Nintendo Wii para consertar. A garantia foi para o espaço. Resta a você usar aquela chave de fendas de maneira muito cuidadosa.
Fonte IdgNow